terça-feira, 31 de maio de 2011

Uma pequena retrôspectiva do 1º semestre =)

Começo de uma nova amizadeeee




Melhores risadas

niver de Adailma


Clube da luluzinha

minhas primeiras amizades



s2

1º forúm de odontologia


=))))
Ninguém vivem sem elas

O professor mais interdisciplinar
A palavra de resumi esses 5 meses é:NOVO...
lar,amizades,descobertas,festas e mundo acadêmico.


Obrigada por todos que me fizeram tão feliz esta nova jornada.

domingo, 29 de maio de 2011

Visita a APAE


A Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Juazeiro do Norte (APAE-JN) é uma associação beneficente, sem fins lucrativos, formada por pais, amigos e pessoas com deficiência intelectual que, unidos por objetivos comuns, buscam construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Fundada em 1971 por pais de Excepcionais, surgiu com a missão de promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da Pessoa com Deficiência Intelectual, de ambos os sexos, a partir de zero ano, em regime de semi-internato e à construção de uma sociedade justa e solidária.
Sala de estimulação


Brinquedoteca
O trabalho pedagógico obedece às diretrizes curriculares propostas para o Ensino Especial, tendo registro no Conselho Estadual de Educação, funcionando conforme a LDB 9394/96. Oferece, de modo especial e intensificado a oportunidade de desenvolver as habilidades artísticas de seus alunos, já que os mesmos participam de aulas de dança, artes cênicas, artes visuais, música, informática e esportes. Os adolescentes, acima de 14 anos participam de oficinas de pré-profissionalização, tais como: Biscuit, Tapeçaria, Argila e Bordados. O produto das oficinas é comercializado em feira semanal promovida pela Prefeitura de Juazeiro do Norte. A partir do destaque nas aulas de música, teatro e dança surgiu a idéia de utilizar este recurso como instrumento facilitador do desenvolvimento em outros aspectos.

Tudo isso é feito pelos alunos
A APAE-JN conta com a colaboração dos governos municipal, estadual e federal e com o apoio da iniciativa privada,mas você pode ajudar com visitas educativas,doação de brinquedos,alimentos...


7º Fichamento - técnica de identificação genética e participação do cirurgião-dentista.

BARALDI, A. M; MENEZES, L. M. B; JÚNIOR, J. P. S; OLIVEIRA, R. N. RPG, Ver Pós Grad, v.15, n.4, p.261-65, 2008.Panorama nacional do uso da técnica de identificação genética nos serviços oficiais de identificação e a participação do cirurgião-dentista.

“A análise do DNA pode ser considerada um dos principais progressos técnicos para investigação cri¬minal desde a descoberta das impressões digitais. In¬corporada à rotina forense pelas polícias de países de primeiro mundo, esta análise começa a ser introduzi¬da no contexto pericial em alguns Estados do Brasil. Otrabalho objetivou conhecer a realidade brasileira diante desta tecnologia.” (p.261)
“A identificação humana post-mortem é uma das grandes áreas de estudo e pesquisa da Odontologia Legal, ciência está evoluindo significativamente. Se anteriormente baseava-se apenas em métodos de simples observações e comparações, atualmente faz uso de sofisticados testes laboratoriais, incluindo exames genéticos.” (p.261)
“As análises em biologia molecular foram inseridas no contexto forense e passaram a ser utilizadas por peritos criminais, odontolegistas e médicos legistas. Resultam em perícias mais objetivas e confiáveis quando associadas às técnicas periciais clássicas.” (p.261)
“Porém, a inserção de novas tecnologias nos serviços de identificação humana está condicionada aos recursos financeiros disponíveis em cada Estado para aquisição de equipamentos e/ou adaptação ou construção da infraestrutura.” (p.261)
“As técnicas de identificação genética são importantes ferramentas que foram inseridas na prática forense para auxiliar na resolução de questões consideradas antes insolúveis para a Criminalística, Medicina e Odontologia Legal. O caráter multidisciplinar da atividade pericial e a experiência dos poucos Estados, onde o odontolegista já está atuando, sugerem que na equipe de DNA forense existe a necessidade da presença do odontolegista nesta equipe.” (p.264)

6º Fichamento - Estudo genético-epidemiológico

RAMALHO, A.S; GIRALDI, T; MAGNA, L.S.
Rev. Bras. Hematol. Hemoter. V.30 n.2, p. 89-94, São José do Rio Preto mar./abr. 2008.

"A anemia falciforme, é a doença hereditária monogênica mais freqüente no Brasil, constituindo um problema de saúde pública. Ela é encontrada em todas as regiões do país, e, por isso, considerada como uma das doenças genéticas mais importantes no cenário epidemiológico brasileiro." (p.89)

"Como comenta Beiguelman, quando as moléstias infecto-contagiosas predominam, as práticas epidemiológicas orientam-se, evidentemente, no sentido da investigação dos agentes de doenças que se transmitem por contato, e cujo período de latência é, de maneira geral, relativamente curto. Entretanto, quando essas doenças ocupam plano menos relevante, os problemas dos epidemiologistas tornam-se bastante distintos. O agente da doença passa a estar ligado à relação reprodutiva entre os membros da família e da comunidade, e não mais à contigüidade dos comunicantes com o foco. Nesse caso, vários fatores devem ser considerados, como a composição genômica populacional e a dinâmica dos genes nas famílias e nas populações." (p.90)

"Estudos moleculares pioneiros de Kan e Dozy já haviam demonstrado que a mutação que originou o gene da hemoglobina S não foi um evento único, mas ocorreu em diversos locais e em diferentes épocas, dentro e fora do continente africano." (p.90)

"A hemoglobina S foi trazida às Américas pela imigração forçada dos escravos africanos. No Brasil, ela se distribuiu heterogeneamente, sendo mais freqüente onde a proporção de antepassados africanos da população é maior." (p.90)

"É importante ressaltar, por outro lado, que vários fatores, como a imigração interna e externa; a diminuição das taxas de casamentos consangüíneos, pela dissolução das comunidades rurais e dos isolados, em decorrência do processo de urbanização; o aumento da miscigenação, pelas facilidades de locomoção e comunicação, que propiciaram maior contato entre pessoas de origem diversa, etc, tornaram o problema da hemoglobina S extremamente dinâmico em nosso país. " (p.90)

“O projeto deste estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Parecer nº 587/2003) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde (Parecer nº 556/2004).” (P.90)

“Foram organizados em um software específico os dados de 817 indivíduos heterozigotos do gene da hemoglobina S (513 homens e 304 mulheres), não consangüíneos, com idades entre 18 e 65 anos (média de 31,62 anos e desvio-padrão de 9,81 anos), detectados voluntariamente entre doadores de sangue do Hemocentro da Unicamp, em Campinas, estado de São Paulo. Dentre esses indivíduos, 282 (34,5%) eram solteiros, 492 (60,2%) casados ou amasiados, 33 (4,1%) separados e 10 (1,2%) viúvos.” (P.90)

“O diagnóstico laboratorial do traço falciforme foi estabelecido mediante a eletroforese de hemoglobinas, pH alcalino, em fitas de acetato de celulose.” (P.90)

“Para estimar as contribuições gênicas dos caucasóides, negróides e indígenas na formação da população miscigenada de indivíduos portadores da hemoglobina S (constituição genômica da população), usou-se a metodologia recomendada por Beiguelman para o estudo de populações tri-híbridas, ou seja, a análise do sistema sangüíneo ABO.” (P.91)

“Os grupos sangüíneos do sistema ABO apresentaram as seguintes freqüências na amostra de indivíduos com a hemoglobina S: A: 30,9%; B: 13,7%; AB: 4,2% e O: 51,2%. A partir dessas freqüências fenotípicas, foi possível estimar as seguintes freqüências gênicas: alelo A: 19,5%; alelo B: 9,4% e alelo O: 71,2%.” (P.91)

“A presente pesquisa permitiu o estudo genético-epidemiológico de uma grande amostra de portadores do traço falciforme (817 heterozigotos AS), diagnosticados aleatoriamente em uma população do Sudeste do Brasil (Campinas, SP). Trata-se, aliás, de uma das maiores amostras de portadores do traço falciforme adultos, não consangüíneos e não relacionados obrigatoriamente a doentes homozigotos, detectada em uma mesma região e analisada do ponto de vista genético-epidemiológico, fora do continente africano.” (P.92)

“Trata-se, aliás, de uma das maiores amostras de portadores do traço falciforme adultos, não consangüíneos e não relacionados obrigatoriamente a doentes homozigotos, detectada em uma mesma região e analisada do ponto de vista genético-epidemiológico, fora do continente africano. Tendo em vista que a prevalência média de heterozigotos AS na população geral do Sudeste do Brasil é da ordem de 2%, essa casuística corresponde à triagem voluntária de cerca de 40.850 indivíduos da população.” (p.92)

“Trata-se de uma casuística constituída, na sua maioria, por adultos jovens, casados ou amasiados e, portanto, reprodutivamente ativos. Como cada portador do traço falciforme tem a probabilidade de 50% de transmitir o gene da hemoglobina S a cada filho(a), a manutenção do gene na população está preservada. Aliás, estudos recentes sobre o efeito materno têm sugerido que, no caso específico da mulher heterozigota AS, a probabilidade de transmissão do alelo mutante à prole é estatisticamente superior a 50%. A maior proporção de homens na casuística examinada pode ser atribuída ao fato de a triagem ter sido realizada entre doadores de sangue, uma vez que o gene da hemoglobina S está localizado em um cromossomo autossômico, mais especificamente no cromossomo 11.” (p.92)

“As freqüências dos alelos do grupo sangüíneo ABO são tradicionalmente usadas na estimativa da participação dos caucasóides, negróides e indígenas na constituição de populações tri-híbridas brasileiras. A grande diferença entre as freqüências desses alelos nas populações originais, que constituíram a população miscigenada, ou seja, europeus latinos, negros africanos e indígenas brasileiros contribui muito para esse fato. Os índios brasileiros, por exemplo, do mesmo modo que outros índios sul-americanos, eram originalmente todos do grupo sangüíneo O.” (p.92)

“Analisando a casuística de portadores da hemoglobina S estudada no presente trabalho, é possível observar que, embora o componente genômico negróide prepondere (45%), refletindo a origem predominantemente africana do gene da hemoglobina S, o componente caucasóide também é grande (41%), traduzindo o alto grau de miscigenação e, em menor escala, a contribuição em termos de hemoglobina S fornecida por alguns imigrantes (portugueses, espanhóis, italianos do sul e árabes). Não é de estranhar, portanto, que apenas cerca de 50% dos indivíduos examinados tenham revelado a ancestralidade africana no exame das suas características fenotípicas, principalmente pela cor da pele.” (p.92)

“É importante ressaltar que a composição genômica da casuística de portadores do traço falciforme mostrou-se significativamente diferente da observada na população geral de Campinas, na qual o componente caucasóide mostrouse maior, e os componentes gênicos negróide e, sobretudo, indígena, menores. Evidentemente, as contribuições genômicas menos significativas na constituição da população geral, tanto em termos quantitativos, quanto ao grau de miscigenação, não foram consideradas. Esse é o caso, por exemplo, dos descendentes de japoneses e de outros imigrantes não-latinos.” (p.92)

“A contribuição original do presente trabalho foi demonstrar que a imigração interna, sobretudo a de indivíduos originários do estado da Bahia, tende a diminuir, na população paulista, a proporção do haplótipo Bantu, associado a uma forma mais grave da anemia falciforme, com conseqüente aumento da proporção do haplótipo Benin, relacionado com uma forma mais moderada da doença. Tal alteração haplotípica deve ser ainda mais acentuada no estado de São Paulo do que a observada no presente trabalho, uma vez que muitos indivíduos da amostra de portadores da hemoglobina S, embora nascidos no estado de São Paulo, certamente possuem ancestrais nascidos no estado da Bahia. É importante ressaltar que, embora a imigração nordestina para o estado de São Paulo tenha se intensificado nas últimas décadas, o sucesso do empreendimento cafeeiro promoveu uma verdadeira drenagem para esse estado, já nas primeiras décadas do século XIX, de escravos procedentes dos engenhos açucareiros da Bahia e de Pernambuco.” (p.93)

“A informação obtida no presente estudo de que praticamente a metade da casuística de portadores da hemoglobina S é constituída por indivíduos com nível de escolaridade de, no máximo, o primeiro grau cursado, indica que o acesso à informação disponível e, sobretudo, a demanda espontânea à orientação genética podem ainda estar longe do desejável. Dessa forma, embora o problema do diagnóstico precoce e do tratamento dos doentes com a anemia falciforme tenha obtido um grande avanço com o Programa Nacional de Triagem Neonatal (teste do pezinho), a orientação dos heterozigotos ainda depende da implantação de um maior número de programas de genética comunitária que ofereçam a triagem voluntária e a orientação desses indivíduos, dentro dos mais rigorosos padrões éticos e científicos.” (p.93).



5º Fichamento - Influência de fatores genéticos na etiopatogênese

KIM.J.Y;VIANA.A.C;SCAREL-CAMINAGA.R.M
Revista de Odontologia da UNESP. 2007; 36(2): 175-180
Fonte:http://rou.hostcentral.com.br/PDF/v36n2a13.pdf

“ a doença periodontal (DP) tem caráter multifatorial pois a infecção por microrganismos periodontopatogênicos que leva à inflamação e à destruição do periodonto é modulada pela resposta imune do hospedeiro, a qual é influenciada por hábitos como o fumo”(Pg.175)
“Está bem estabelecida que a DP crônica é uma doença infecciosa caracterizada por um processo inflamatório destrutivo que afeta os tecidos de suporte do dente. Clinica­mente, podem ser formadas bolsas periodontais, reabsorção do osso alveolar e eventual perda do elemento dental4. Histologicamente é caracterizada por acúmulo de células inflamatórias na porção extravascular do tecido conjuntivo gengival5.”...”Bactérias periodontopatogênicas como Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans e Treponema denticola, entre outras, iniciam e perpetuam a inflamação podendo causar destruição do periodonto marginal via dois mecanismos: 1) pela ação direta dos subprodutos do metabolismo e enzimas bacterianas; 2) estimulando a liberação de media­dores inflamatórios de células do hospedeiro8.”(Pg.176)
“Além da infecção por periodontopatógenos e da res­posta do hospedeiro, o caráter multifatorial da DP sofre influência de fatores de risco como fumo11 e diabetes12, além de indicadores de risco como stress psicossocial13 e osteoporose14. Nas doenças de caráter multifatorial, é muito difícil quantificar qual a influência de fatores ambientais e fatores genéticos"(Pg.176)
“A participação da genética na etiologia da DP é indicada por: 1) resultados de estudos com gêmeos; 2) agregação familiar observada na periodontite agressiva; 3) síndromes onde a periodontite é uma característica clínica importante15”(Pg.176)
“A grande maioria dos estudos sobre fatores genéticos e DP é baseada em análises de indivíduos não aparentados, principalmente quando se investiga polimorfismos genéticos. Um polimorfismo genético é caracterizado pela ocorrência de, pelo menos, dois alelos em um lócus, quando o alelo mais raro deve ter freqüência superior a 1% na população23. Os polimorfismos preferencialmente investigados são aqueles presentes em genes que participam da resposta imune do hos­pedeiro, da sinalização intracelular ou das vias enzimáticas de degradação tecidual24.”(Pg.177)
“Determinados polimorfismos no “cluster” da IL-1 estão relacionados à DP em diferentes populações. Alguns alelos desses polimorfismos mostraram-se raros em algumas populações e prevalentes em outras, ou seja, apresentaram freqüências alélicas diferentes em populações distintas. Portanto, apesar da importância da IL-1 na resposta imune do indivíduo, não se pode utilizar seus polimorfismos como marcadores genéticos da DP.”(Pg.178)

4º Fichamento - Avaliação da condição periodontal de pacientes renais em hemodiálise

Autores: Cláudia Régia Dias de Souza; Silvana Amado Libério; Rosane Nassar Meireles Guerra; Silvio Monteiro; Éricka Janine Dantas da Silveira; Antonio Luiz Amaral Pereira.
Rev. Assoc. Med. Bras. v.51, n.5, pp. 285-289. São Paulo set./out. 2005


“A insuficiência renal crônica (IRC) representa uma alteração estrutural renal que implica na redução ou limitação da capacidade de filtração glomerular dos rins, causando a uremia, a qual é caracterizada pelo acúmulo no sangue de substâncias que devem ser filtradas e excretadas pelos rins.” (p. 285)
“A IRC pode exibir variadas manifestações bucais como: xerostomia, estomatite urêmica, alterações radiográficas dos ossos maxilares, formação de cálculo dentário decorrente do aumento da concentração de fosfato e cálcio sérico, e outras menos frequentes.” (p. 285)
“A doença periodontal inflamatória crônica (DPIC) é um processo destrutivo progressivo que afeta os tecidos periodontais, causado por microrganismos que colonizam áreas dentogengivais na forma de placa dental. Várias pesquisas desenvolvidas detectaram que o índice de placa em pacientes acometidos por IRC é maior quando comparados com pacientes sistemicamente normais.” (p. 286)
“... pacientes renais crônicos apresentam algumas alterações da saúde bucal, tais como: elevado acúmulo de placa e cálculo dentário, diminuição da secreção salivar, hálito urêmico, palidez da mucosa bucal.” (p. 288)
“Este resultado evidencia a deficiência na higiene bucal desses pacientes, devendo-se, portanto, priorizar um programa de promoção de saúde bucal a estes pacientes tanto em ambiente hospitalar como em campanhas de saúde pública.” (p. 288)
“...a justificativa para o menor índice gengival nos pacientes em hemodiálise seria a anemia, que acomete grande parte desses pacientes e mascara a inflamação dos tecidos gengivais, havendo uma resposta inflamatória menor ao hospedeiro.” (p. 289)
“...os pacientes em hemodiálise apresentaram grande acúmulo de placa bacteriana e elevada formação de cálculo dentário, sendo que as arcadas inferiores apresentaram-se mais afetadas que as superiores. O grau de inflamação gengival não traduz a grande presença de placa e cálculo, portanto, demonstrando que tais pacientes não têm a resposta inflamatória prejudicada pela insuficiência renal crônica.” (p.289)
“Pacientes em hemodiálise necessitam de atenção odontológica e orientações de higiene bucal, devendo ser conscientizados da importância da saúde bucal na manutenção de sua saúde sistêmica."    (p. 289)

3º Fichamento - atividade de cárie e gengivite

Ribeiro, A de A ; Portela, M. ; Souza, I.P de. Relação entre biofilme, atividade de cárie e gengivite em crianças HIV+. Pesqui Odontol Bras
 Ano 2002; vol.16 nº(2): pag.144-150.

“A infecção pelo vírus HIV acarreta uma diminuição progressiva em número e atividade dos linfócitos T CD4+, comprometendo a imunidade celular e deixando o hospedeiro susceptível ao desenvolvimento de várias infecções oportunistas
e neoplasmas22. Dentre as manifestações comuns em crianças infectadas pelo HIV, destacam-se a linfadenopatia, hepatomegalia, infecções oportunistas
bacterianas ou virais, como pneumonia intersticial linfóide (LIP), meningite, abscesso e celulite.” (p.144)
“A experiência de cárie e gengivite em crianças infectadas pelo HIV é elevada7,15, valor justificado pelo alto consumo de medicamentos contendo
açúcar, dieta rica em carboidratos para reposição calórico-protéica18,19, menor imunidade contra bactérias cariogênicas18, diminuição do fluxo salivar24,
hábitos inadequados de higiene bucal20 e falta de informação quanto às práticas de promoção de saúde bucal13. Assim, estas crianças representam um grupo em especial, em que muitos fatores moduladores da doença cárie e gengivite fazem parte do cotidiano de suas vidas.” (p.145)
“Com isso, o exame da condição gengival foi realizado utilizando-se uma sonda periodontal estéril, com o objetivode verificar a presença de inflamação gengival e a eficiência no controle de biofilme caseiro.Foram atribuídos escores, desenvolvidos para o presente estudo (Quadro 1). Além disso, o númerode faces que apresentavam sangramento espontâneo e/ou provocado também foi anotado após o exame do estado da gengiva circundante a todos os dentes presentes na boca.”(145)
“Para o exame das superfícies proximais, onde suspeitou-se de presença de doença (através da alteração na cor do esmalte e/ou presença de gengivite interpapilar9), foi
colocado um elástico separador, o qual passava pelo ponto de contato entre o dente em questão e seu vizinho, para que a superfície pudesse ser melhor inspecionada na consulta seguinte.” (p.146)
“Após estes exames, todas as crianças foram inseridas em um programa de promoção de saúde bucal, baseado em remoção mecânica de biofilme para controle da doença cárie e retornos periódicos para acompanhamento e motivação.” (p.147)
“Ao correlacionar o índice de biofilme e o estado gengival, pôde-se observar que a prevalência de inflamação esteve associada aos índices que apresentavam placa espessa e madura sobre as superfícies dentais, e esta associação foi estatisticamente
significante (teste qui-quadrado, p < 0,001)(Gráfico 1). Através da observação da linha de tendência do Gráfico 2 é possível verificar moderada correlação entre a qualidade do biofilme, expressa através do índice utilizado, e a média das superfícies gengivais com sangramento provocado (teste de correlação de Spearman, rs = +0,57).” (p.147)
“Assim, a prevalência de crianças com gengivite (58,9%) foi superior à relatada por Hamp etal.12 (1978), os quais encontraram a manifestação em 41,1% dos pacientes infantis clinicamente saudáveis. Ao reportar crianças cronicamente doentes,como é o caso deste estudo, provavelmente o grau de imunossupressão pode ter influenciado na
resposta do tecido gengival, assim como verificaramHowell et al.14 (1996).” (p. 148)

“Diante dos resultados observados quanto a saúde bucal destas crianças infectadas pelo HIV,cabe ainda ressaltar a necessidade de desenvolvimento de programas de promoção de saúde baseados em educação e motivação para um adequado controle mecânico de biofilme, visto que este fator etiológico da doença cárie e gengivite pode e deve ser monitorado, contribuindo assim para uma melhora nas condições bucais desta população.” (p.149)

2º Fichamento - síndrome metabólica em nipo-brasileiros com e sem doença periodontal

Autores: Pollyanna Kássia de Oliveira Borges; Suely Godoy Agostinho Gimeno; Nilce Emy Tomita; Sandra Roberta Ferreira; Japanese-Brazilians Diabetes Study Groupo.
Cad. Saúde Pública. 2007, vol.23, n.3, pp. 657-668.


“A síndrome metabólica é o nome proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo National Cholesterol Education Program (NCEP) para designar um conjunto de alterações metabólicas (dislipidemia, hipertensão arterial, intolerância à glicose, obesidade central e resistência à insulina) que comumente se manifestam juntas e são fatores de risco para a doença coronariana.” (p. 658)
“... um indivíduo deve ser considerado como com síndrome metabólica quando tiver três ou mais alterações metabólicas associadas (obesidade abdominal, hipertrigliciridemia, HDL-colesterol reduzido, hipertensão arterial e glicemia de jejum alterada).” (p. 658)
“Dados representativos da prevalência da síndrome metabólica na população brasileira praticamente não existem. O que pode ser encontrado são estudos realizados em populações com características específicas tais como a população de migrantes japoneses. Pelos critérios do NCEP 2, a população nipo-brasileira apresentou elevada prevalência da síndrome metabólica (57%) e de seus componentes – intolerância à glicose (69,5%), dislipidemia (66% com hipertrigliceridemia e 31,2% com HDL colesterol diminuído), obesidade central (42,4%), hipertensão arterial (56,8%).” (p. 659)
“A etiologia da síndrome metabólica é desconhecida, mas provavelmente ocorre a partir de uma interação complexa entre fatores genéticos, metabólicos e ambientais. Resultados de diversos estudos sugerem que o estado pró-inflamatório pode contribuir para o desenvolvimento dessa síndrome.” (p. 659)
“Processos inflamatórios crônicos relacionados à deposição visceral de gordura estimulam uma ampla ativação do sistema imune que, por sua vez, está envolvida na patogênese da resistência à insulina, do diabetes mellitus do tipo 2, das dislipidemias e da aterosclerose.” (p.659)
“Gengivites e periodontites são as qualificações mais comuns de doenças periodontais. Essas doenças são reflexos de infecções bacterianas crônicas e, assim como em outras infecções, a interação hospedeiro-bactéria determina a natureza e a extensão da doença. As gengivites são doenças que causam vermelhidão das gengivas, alterações de contorno, sangramento à sondagem, edema e aumento do fluído gengival(...). Já nas periodontites, a inflamação gengival se estende para o sistema de suporte do dente (ligamento periodontal, cemento radicular e osso alveolar) e as perdas de suporte ósseo e de tecido conjuntivo são achados clínicos característicos dessas doenças.” (p. 659)
““Esse estudo foi planejado com o intuito de estudar a relação entre doenças periodontais e síndrome metabólica na população nipo-brasileira – (...) Os principais achados foram a elevada prevalência de doenças periodontais, edentulismo e síndrome metabólica na população investigada e a ausência de associação entre periodontites e a síndrome metabólica. Dos indivíduos investigados, 47% apresentaram ou gengivite ou periodontite, valor esse considerado elevado, mas compatível com os observados em outros estudos, contudo essa comparação deve ser feita com cautela, pois diferentes procedimentos foram utilizados para o diagnóstico e classificação das doenças periodontais.” (p. 665)
". Neste estudo, quando se detém especificamente aos casos de periodontites, o número de indivíduos doentes diminui consideravelmente (de 47% para menos de 10% com periodontites); esses valores concordam com a baixa prevalência de periodontites encontrada na população adulta brasileira – entre 9,9 e 6,3%, segundo a faixa etária analisada. Uma possível explicação para os baixos valores de prevalência das periodontites na população brasileira adulta (de origem nipônica ou não) é a alta prevalência de edentulismo observada entre brasileiros adultos.” (p.665)
“O aumento da prevalência e do agravamento da perda de inserção periodontal com a evolução das periodontites associa-se diretamente ao aumento da idade, porém acredita-se que a maior destruição periodontal nos idosos seja mais reflexo do histórico de doenças periodontais acumuladas ao longo dos anos do que uma condição específica da idade.” (p. 665)
“O tabagismo tem sido considerado um fator de risco para o desenvolvimento das doenças periodontais mesmo em pacientes com bom nível de higiene oral, além disso, o controle da doença nos pacientes que fumam é, em geral, mais difícil.” (p. 666)
“Maior gravidade da doença também está relacionada com o hábito de fumar, sendo que o grau de perda óssea alveolar e o número de dentes perdidos são maiores entre os indivíduos fumantes quando comparados aos não fumantes; os mecanismos que explicariam essa relação incluiriam a diminuição da vascularização periodontal, o enfraquecimento da resposta inflamatória e salivação - importantes defesas contra os periodontopatógenos - e o comprometimento de células envolvidas no processo de reparação dos tecidos periodontais.” (p. 666)
“Neste estudo, o edentulismo foi um achado freqüente (36,8%). Para a população brasileira total, essa porcentagem é também elevada. No estudo realizado pelo Ministério da Saúde entre os anos de 2002 e 2003, 11,4% dos indivíduos com idade entre 35-44 anos foram considerados como tendo edentulismo, já para os com idade entre 65-74 anos, a prevalência de edentulismo foi de 60,8%.” (p. 666)
“A perda dental priva o indivíduo de ingerir determinados alimentos, o que pode comprometer seu estado nutricional e, conseqüentemente, sua saúde geral 49. Diversos fatores podem estar relacionados ao edentulismo (idade, fumo, estado sócio-econômico, práticas de higiene inadequadas, atitudes sociais e culturais, bem como a filosofia do profissional dentista). Sabe-se que as periodontites são consideradas um dos mais representativos fatores de risco para a perda precoce dos dentes na população adulta.” (p. 666)
“Como era esperado, nesse estudo, indivíduos com síndrome metabólica se caracterizaram por pior perfil antropométrico e metabólico, destacando-se o número elevado de nipo-brasileiros com sobrepeso, resistência à insulina, níveis séricos elevados de creatinina e ácido úrico.” (p.666)
“As alterações metabólicas que compõem a síndrome metabólica (intolerância à glicose, obesidade, hipertensão arterial, dislipidemias) são alvos freqüentes de estudo(...), as evidências existentes indicam que condições inflamatórias podem contribuir para o aparecimento desses distúrbios. Microorganismos periodontopatogênicos produzem endotoxinas na forma de lipopolissacarídeos que são ativadores da resposta imune destrutiva dos tecidos do hospedeiro. Sabe-se que a destruição dos tecidos periodontais é mediada por citocinas pró-inflamatórias(...), assim, pode-se supor que, em alguma medida, essas substâncias possam contribuir para o desenvolvimento da síndrome metabólica e doenças associadas.” (p. 667)
“Nos últimos anos, diversas pesquisas relacionando saúde bucal e saúde sistêmica foram realizadas(...), foi considerada a possibilidade de que as doenças periodontais fossem fatores de risco para o desenvolvimento ou agravamento de condições sistêmicas como a resistência à insulina, o diabetes mellitus do tipo 2, a obesidade e as dislipidemias.” (p. 667)
“Em síntese, na população nipo-brasileira, a prevalência de alterações periodontais clínicas foi elevada. Entre os pacientes com periodontite, houve uma discreta elevação na prevalência da síndrome metabólica, quando comparados ao grupo dos que não tinham periodontite. Porém essa associação não pode ser comprovada estatisticamente. Apesar da ausência de associação, não pode ser descartada a possibilidade de que essa relação exista.” (p. 667)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

1º fichamento: Teratologia

Bibliografia
-DeSimone, E. et all -Teratogenicity and Dermatologic Agents-
-Young, V. Teratogenicity and drugs in Breast Milk in
-Wells, B. at all , Pregnancy and therapeutic considerations in


“Teratologia é o estudo dos processos biológicos e causas do desenvolvimento anormal e defeitos de nascimento. Um teratogêno é qualquer agente - incluindo fatores ambientais - que causa um anormal desenvolvimento prenatal ( O termo, terato-, vem da palavra grega que significa monstro).Muitos efeitos teratogênicos são funcionais e comportamentais e não se tornam evidentes até que a criança tenha a idade no qual essas funções ou comportamentos normalmente se desenvolvem. Uma termo mais abrangente para defeitos de nascimento que leva em conta defeitos funcionais ou comportamentais é "anomalias congênitas".

“Durante esta fase de desenvolvimento da industria farmacêutica, testar o efeito das drogas em embriões e fetos não faziam parte da rotina industrial. Na verdade muitos profissionais de saúde acreditavam que o útero isolava o feto do ambiente externo.”

“Dezenas de novas drogas são aprovadas para uso anualmente, estas se somam aquelas em uso já ha décadas. No entanto a maioria das drogas que são prescritas no dias de hoje (mais de 75%) continuam a trazer o alerta "A segurança sobre o uso durante a gravidez não tem sido ainda definitivamente estabelecido”. A compreensão atual é de que se você da a uma mulher gravida uma droga , você também estará dando a mesma droga ao feto em desenvolvimento”
“A incidência de importantes anormalidades estruturais em fetos nos EUA é de 2-4%. Se malformações menores , tais como dedos extras forem incluídos , isto poderia aumentar até cerca de 10%. Cerca de 25% destas anormalidades são devidas provavelmente a predisposição genética, enquanto 2-3% são induzidas por medicamentos.”

“Teratogênos podem causar aborto espontâneo, anormalidades congênitas, retardo do crescimento intrauterino, retardo mental, carcinogenese, e mutatogenese, causar contração intensa dos músculos uterinos, prejudicando indiretamente o feto pela redução do suprimento sangüíneo, alterar a função da placenta, usualmente pela constricção dos vasos sangüíneos e consequente redução da troca de oxigênio e nutrientes entre o feto e a mãe”.

“Alguns exemplo de drogas consideradas comprovadamente teratogênicas em humanos: Inibidores da ECA (ex. Captopril); Antineoplasicos; Antitireioideanos; Barbituratos; Carbamazepina; Etanol ( em altas doses); Fenitoina; Iodetos e Iodo radioativo; Lítio; Misoprostol; Retinoides; Talidomida; Tetraciclina; Valproato de sódio; Vitamina A (>18.000 UI/dia) e Warfarina.”


Fonte:http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/assistenciafarmaceutica/medgrav.pdf
:US Pharmacist , vol. 26 n.4, 2001.Applied Therapeutics-The Clinical use of drugs, 7a edição , 2001 , Lippincott Willians.Pharmacotherapy Handbook , 2a edição, 2001, Appleton & Lange.